Nabi Saydoun

Sobre-nós

Somos um grupo dedicado à preservação da herança judaica em Saida. Alguns de nós vêm de famílias judias de Saida ou do Líbano. Outros são amigos da comunidade judaica libanesa ou simplesmente pessoas interessadas na herança cultural e histórica de Saida. São bem vindas todas as formas de contribuição para que possamos atingir os nossos objetivos.

Cada um de nós está envolvido neste projeto por diferentes razões: para honrar nossos antepassados e sua memória; reviver locais históricos no Líbano, que estão em risco de colapso; enriquecer a vida cultural e o apelo turístico de Saida; e/ou atestar e defender a rica história de coexistência no Líbano.

O nome Nabi Saydoun é comumente usado pelos sidônios para designar o túmulo de Zebulon, um dos filhos do patriarca Jacó, que se diz estar enterrado em Saida. Num antigo mapa de mosaico do terceiro século da terra santa, encontrado na Igreja de São Jorge de Madaba (na Jordânia), Saida é designada como "Zebulon" em letras gregas.

A tumba de Nabi Saydoun fica perto do centro de Saida. Embora ela se encontre esquecida e ignorada nos dias de hoje ela segue sendo um local sagrado de peregrinação e adoração por diversas religiões. Como o resto da herança judaica de Saida, a tumba segue existindo, porém esquecida.

Os outros locais de herança judaica dentro e nos arredores de Saida - o bairro judeu (harat al-yahud), a antiga sinagoga (al-knis) e o cemitério (al-jabbana ou al-maqbara) - são igualmente envoltos em mistério. Mas eles existem, de pedra e memórias, e eles atestam a grande diversidade de vidas vividas nas margens desta cidade ao longo de seis mil anos (cerca de 250 gerações).

Planejamos reabilitar gradualmente esses sítios, e esperamos nos engajar em outros projetos criativos, nos próximos anos. O processo de reintegração desses sítios a Saida é tão importante quanto o próprio objetivo.

Nosso objetivo é trabalhar com artistas locais, arquitetos, agricultores, artesãos e cidadãos, para fazer o passado se encaixar novamente, para desenvolver novas amizades, para ampliar ainda mais o caráter da cidade e para atrair mais visitantes a fim de melhorar as condições econômicas da cidade, tanto quanto para moldar novas relações humanas.

Confira um pouco do trabalho realizado no cemitério! (apenas em inglês)

Saida tinha uma comunidade judaica vibrante. Até 1948, a maioria das famílias judias vivia no Harat al-Yahud, na cidade velha. No início de século XX, muitas famílias judias emigraram para o Brasil, mas também para os Estados Unidos, Europa, Ásia e África. Há uma Sinagoga Sidon no Brooklyn, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Alguns dos nomes de família incluem: Arazi, Balaciano, Barzilay, Bassal (Levy), Beniste, Boukai, Braun, Cohen, Dana, Darwich, Diwan, Fuerteh, Gabbay, Hadid, Hasson, Kattan, Khalili, Khabieh, Khayat, Khodary, Laoui (Levy / Lawi), Liniado, Levy, Mizrahi, Moghrabi, Nigri, Pariente, Politi, Sasson, Simantov, Srour, Valido e Zeitouni.

Como outros expatriados libaneses, os judeus sidônios no exterior tendem a ter uma dupla identidade. Por um lado, tendem a ser bem sucedidos e integrados nos seus novos países de residência. Mas em casa, eles tendem a manter seu idioma específico, tradições e músicas religiosas e hábitos culinários. Eles se preocupam com seus ancestrais enterrados no cemitério de Saida, muitos se recusam a vender suas propriedades no histórico bairro Hara, eles anseiam por ouvir de velhos amigos novamente, e transmitem aos seus filhos boas lembranças da cidade de seus anciãos.

Esperamos que nossos esforços coletivos também quebrem o feitiço do tempo e o trauma da distância, e os encorajem a voltar, visitar, renovar suas relações e participar do futuro da cidade.